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terça-feira, 10 de julho de 2012

PSICOEDUCAÇÃO - As fases.


Desenvolvimento Humano

As Fases de 0 a 21 anos: a preparação para a vida.
Esta grande fase é marcada por três setênios: o primeiro vai até a maturidade escolar, que ocorre por volta dos sete anos; o segundo vai até a puberdade, por volta dos catroze anos; o terceiro vai até a maioridade, aos 21 anos.
Esses períodos são marcados por grandes modificacões biológicas e fisiológicas. Tais modificações são visíveis e nítidas para os pais. Vejamos agora o que acontece de setênio em setênio.
O Primeiro Setênio (de 0 a 7 anos de idade)
A Estruturação do Corpo Físico – Base Corpórea de nossa Saúde.
Segundo Lievegoed (2001), do ponto de vista biológico, o primeiro período de vida da criança é dividido em três fases: a fase do latente, a da tenra infância e da transição rumo à escolaridade. Durante essa fase evolutiva, o recém-nascido depende por completo de seu mundo ambiente. Assim decorrem as primeiras semanas de vida, numa alternância entre mamar e dormir. Esse despertar nos primeiros meses de vida é acompanhado por um outro fenômeno: no início a criança acordava praticamente só pra ser alimentada, voltando logo depois a dormir: breves períodos do estado de vigília se alternavam com períodos muito mais longos de sono profundo. Tornando-se a criança mais consciente, o tempo de sono diminui e o período de vigília aumenta. Todas as suas qualidades ainda não manifestas se concentram num só crescer. Contudo, o segundo e os seguintes períodos de duplicação do peso se realizam também em circunstâncias bem diferentes. As funções não se concentram mais exclusivamente no corpo. Surgem as mais variadas atividades na área da vida consciente.
 A função mais importante da consciência do recém-nascido é a percepção. Toda a sua atividade psíquica tem por finalidade conhecer o mundo circundante. Perceber não é meramente um processo passivo, é um processo ativo, sendo que a atividade reside no interesse pelo mundo exterior. Esse interesse ativo resulta na criança o desenvolvimento da vontade, no sentido de capacidade, esforço e impulso para desvendar o mundo.
 Sua ativa entrega ao mundo tem como conseqüência o fato de a criança pequena ser um ente que imita. É imitando que ela perfaz seu aprendizado na primeira fase da vida. Justamente tudo o que não vem à consciência, não sendo elaborado, produz sentimentos e formas de agir. Educacionalmente, os adultos incluindo educadores, pais e crianças exercem influência nos primeiros anos de vida por aquilo que somos e pela confiança que adquirimos e manifestamos mediante os atos.
Essa atividade interior da criança, tendo-se já manifestado por seu interesse pelo mundo exterior, faz com que ela descubra também sua corporalidade. Observando o que ocorre, constatamos que o próprio corpo também é inicialmente, um mundo exterior desconhecido. E, uma vez incorporado à parte descoberta do mundo, o corpo pode pouco a pouco ser usado para explorar outras regiões.
 1.1   A conquista do andar, falar e pensar.
 Para König (1997), nos primeiros anos de sua infância, o homem adquire as capacidades que lhe dão a possibilidade da existência humana: andar, falar e pensar. No decorrer do primeiro ano de vida ele aprende a andar, no segundo adquire a linguagem e no terceiro vivencia o despertar da capacidade pensante. Ele nasce como lactente desamparado, e só depois de ter adquirido essas propriedades torna-se um ser capaz de dominar a si próprio, de adquirir uma livre mobilidade e, com a ajuda da linguagem, entrar em consciente comunicação com o meio ambiente e o homem. Se não aprendêssemos a andar, os demais passos para o desenvolvimento consciente das capacidades especificamente humanas durante a infância não seriam possíveis. O caminho para a escola só está realmente aberto às crianças que possam percorrê-lo andando eretamente.
 1.2   O aprendizado da linguagem.
 Depois que a criança se ergueu para a posição ereta e, além disso, pode adquirir a livre movimentação, sucede o segundo passo do ser humano: o aprendizado da linguagem e da fala. Com o aprendizado da língua materna, na conquista das palavras e seu relacionamento, a criança dá um dos passos mais importantes de seu desenvolvimento humano.
 Entretanto, a linguagem aparece no homem de três formas: como expressão daquilo que vive, como expressão da capacidade que pode denominar todas as coisas do mundo e como expressão daquela potência que, ao falar, procura encontrar a si mesma. Assim a linguagem se torna um confronto consigo mesma.
Não obstante, sempre usamos a expressão: “pense antes de falar”, pois grande parte do que falamos é como conversação que mantemos com nosso pensar. O eu, como individualidade, atua sobre a linguagem no âmbito da consciência desperta em que se realiza o pensar. A linguagem constrói pontes verbais através dos quais posso alcançar o outro eu. Ela é mais ampla que o falar, pois falar é um lado ativo da linguagem. Assim, como fala, a linguagem também ouve a palavra falada, a manifestação, é uma entidade com dois lados: motor (a fala) e sensorial (a audição).
 Apesar de as primeiras palavras corretas não serem pronunciadas antes 11° ou 12° mês, a formação da linguagem se inicia no primeiro grito do bebê. A criança se aproxima da linguagem de três maneiras: primeiro pelo movimento expressivo do balbuciar, em segundo lugar pela imitação sem sentido, e, em terceiro, reagindo com sensatez à palavra que lhe é dirigida. As primeiras expressões reais da linguagem surgem no decorrer do 13° e do 14° mês. Neste período a criança usa a linguagem para expressar a si mesma e suas aspirações com sentenças de uma só palavra. No 18° mês, sobrevém uma mudança decisiva, a criança capta aquilo que se relaciona com a denominação das coisas. A partir desse momento, aumenta rapidamente de modo que até aproximadamente o fim do segundo ano, são adquiridas quatrocentas a quinhentas palavras novas. Contudo, não há uma compreensão direta da palavra com seu significado. Neste período do 18° ao 24° mês, a criança vive naquele âmbito da linguagem relacionado com o “denominar”. Tudo recebe o nome, e uma grande alegria inunda a criança durante este período.
Durante este período não só cresce o número de palavras, mas estas também começam a diferenciar-se. Agora são adquiridos substantivos, verbos e adjetivos, sentidos de acordo com seu valor e seu significado. A tabela seguinte, conforme W. Stern (1928), citado por König, demonstra as parcelas em que as três categorias de palavras se vão lentamente diferenciando no decorrer do segundo ano de vida.
IdadeSubstantivoAdjetivoVerbo
1, 3100%--
1,878%22%-
1,1163%14%23%
 Depois de ultrapassar o limiar do segundo ano, lentamente as sentenças vão sendo formadas corretamente. Para W. Stern, não é a criança quem aprende a linguagem, mas é a própria linguagem que se desenvolve dentro do aparelho fonador da criança. Ou seja, a criança não tem consciência desses fatos, nela surge o impulso de relatar e, este impulso acorda a linguagem, o que denominamos “conversar”. A linguagem expressa a criança e se desenvolve muito rapidamente no decorrer do terceiro ano de vida. As palavras começam a se desdobrar, flexionar e transformar. Na inspiração e expiração do ar respirado nasce o conversar; por isso este é o elemento social da expressão. Ele oscila entre uma pessoa e outra, entre um e outro interlocutor. Mas o conversar é um elemento autônomo em si mesmo e vive na corrente da respiração, fluindo para o exterior.
1.1  O despertar para o pensar
O terceiro ano de vida é de importância fundamental para o desenvolvimento posterior da criança, pois ela tem o domínio da palavra e dá-se um acontecimento inteiramente novo: o pensar começa a despertar, a partir daí, a criança se torna um ser que contempla a si mesmo e o mundo – não é mais uma criança, mas uma pessoa que tem consciência de si. Porém, para se chegar a pensar são necessárias muitas premissas.
 Antes de tudo temos de levar em consideração o aperfeiçoamento da linguagem, com isso a vivência do tempo e do espaço se multiplica e, a própria compreensão das coisas se amplia de forma significativa. Além disso, a aquisição da memória é uma base indispensável ao despertar do pensar. A formação gradual da lembrança, desde o vago reconhecer até a produção voluntária de recordações, pertence a este processo.
 Um terceiro ponto é o brincar. A livre atividade da criança pequena em brincadeiras constantemente renovadas, na imitação do mundo dos adultos e na vivificação da própria fantasia, tem aqui fundamental importância. Como uma criança poderia atingir a compreensão de si mesma, senão repetindo e imitando tudo o que se passa ao seu redor, e portanto considerando-o um não-eu? A razão de todo brincar é que, brincando, a criança pode distinguir-se de sua criação. A isso se acresce principalmente a gradual aquisição de uma noção de tempo, que inclui o futuro e mais tarde o passado; e um desenvolvimento gradual da captação do espaço. O pensar da criança é uma razão que se torna autocompreensiva e autoconsciente.
Com base na linguagem, a criança encontra o acesso a uma outra realidade do pensar, a qual, ao lado da identificação, é da maior importância: a relação entre “se… então”, que também pode ser expressa por “porque” ou “pois”. Agora o pensar excede a linguagem; ele a antecede, e as próprias formulações da linguagem já estão parcialmente sob o poder dos pensamentos próprios. Não é somente a linguagem que se expressa; a vivência mental da criança começa a servir-se da linguagem.
 Segundo Renate Keller (2001), o pequeno potencial do pensar, dos três aos cinco anos, não se manifestam num pensar lógico ou abstrato, mas na magnífica fantasia infantil. A criança, agora, não só brinca imitando os gestos dos adultos ou experimentando seu corpo, mas inventa uma história maravilhosa após a outra. Todos os objetos que ela encontra ao seu redor são transformados conforme a sua imaginação. Desta riqueza interior, surgem muitas perguntas sobre vida, morte, sobre Deus, anjos, sobre a natureza e sobre ela mesma.
 É esta a grande diferença existente entre o andar e falar, de um lado, e pensar, de outro. É que o andar e o falar são apreendidos; evoluem gradualmente, dando à criança a segurança de movimentar-se no espaço e de comportar-se no mundo das coisas e seres; o andar possibilita o domínio do espaço – o falar, no entanto, a posse do meio ambiente denominado. De agora em diante a criança falará conscientemente de si como “eu”, pois sente que esta palavra não é mais um nome. Tudo o que tem um nome tem também um “eu” em algum lugar.
1. 4 O “nascimento” do eu.
 No fim do terceiro ano, quando andar, falar e pensar foram adquiridos em suas estruturas básicas, encerra-se a primeira fase do desenvolvimento infantil e algo completamente novo toma seu lugar. A sensação do eu se intensifica, resultando no fato de defesa e recusa irromperem em forma de teimosia. O momento da primeira recordação situa-se, na evolução normal, no terceiro ano de vida. Antes disso, a criança já teve muitas vivências, contudo, ela não tinha consciência do eu. Não relacionava os acontecimentos com um conhecimento da própria pessoa enquanto elemento inalterado no fluxo do tempo. O momento em que desperta a consciência do eu também é perceptível exteriormente. Até então, a criança não tinha designado a si própria por seu nome. Isso evidencia que ela ainda não fazia distinção entre si e os outros. Depois, porém, a consciência do próprio eu despertou como algo diferente de todas as outras coisas do mundo. Começa a realizar-se a separação entre o mundo e eu. Justamente com o despertar dessa consciência que surge também a tendência a dizer “não” frente ao mundo exterior. A consciência do eu desenvolve-se se opondo a ele, é a fase da birra. Em seguida, tendo-se firmado suficientemente, o eu se experimenta a si próprio mesmo quando não precisa opor-se ao mundo.
 Por volta dos quatro anos, a brincadeira infantil passa por uma transformação. Antes desse momento, dirigia-se ao que encontrasse casualmente em seu campo visual. O “sentir” estava ligado à percepção. Contudo, surge no âmbito emocional, a fantasia criativa, a partir do interior da criança e a brincadeira é fortemente intensificada. Agora ela é capaz de brincar junto com os outros, percebe o que acontece ao seu redor e consegue se interagir com o grupo. Nesse período, a criança vê o mundo conforme seu próprio arbítrio.
 Do ponto de vista fisiológico, o tórax muda sua forma, e toda a circulação sanguínea e a respiração tomam uma nova característica. Em conseqüência disto, a criança sente uma afinidade ainda maior com tudo o que é ritmo, dança e música. Esse é o segredo da incansável brincadeira infantil, ela transcorre ritmicamente. Quando na brincadeira há algo arrítmico ou intelectual, a criança se cansa rapidamente. Esse brincar só se transforma no decorrer do sexto ano de vida.
 1.5 Dos cinco aos seis anos.
 Por volta dos cinco anos, a criança se transforma mais uma vez. Observa-se cada vez mais sua habilidade física. A criança mostra muita vontade de ajudar nas tarefas do dia a dia, quer ajudar nos trabalhos domésticos, quer exercitar suas habilidades motoras. Ela adquire domínio melhor sobre as pernas e consegue pular corda e brincar de amarelinha. O sistema metabólico-motor está amadurecendo, ao mesmo tempo, na cabeça surge à força do pensar, de planejar. As brincadeiras das crianças de cinco a seis anos contêm cada vez mais esse elemento. A criança divide papéis na brincadeira imitativa e o seu brincar estabelece uma meta que deve ser atingida. Ela fixa uma tarefa que deseja levar até o fim, pois adquire uma vontade intencional.
 Agora, a criança se dá conta da sua incapacidade para dar existência real ao que vislumbra em sua fantasia, e vem pedir ajuda aos adultos, quando sua própria capacidade se lhe revela insuficiente. Essa relação com o adulto é que faz “brotar” o respeito. O respeito nasce quando ela vivência a si própria estando num nível diferente do adulto e dotada de capacidades diferentes da que ele possui. Posição social, riqueza e importância não exercem qualquer papel nesse caso. A pessoa respeitada deve ser capaz de algoA criança julga o adulto pelo que ele é capaz de fazer, não pelo o que ele sabe intelectualmente.
Nesse período evolutivo ficamos conhecendo a criança como um ser que se insere no mundo pela força da imitação e se “des” envolve o que nele já existia genuinamente. Esse desenvolvimento sucede, conforme demonstra o esquema a seguir, de acordo com Lievegoed (2001, pág. 58):
0 – 2 anosÉpoca da percepção sensorial
 PensarSentirQuerer
Após 2 anosDesenvolvimento do pensar: combinação dos conteúdos da percepção. Transição da figura do recém-nascido para a da criança pequena.  
Após 4 anos Desenvolvimento do sentir: fantasia criativa. Silhueta da criança pequena. 
Após 5 anos e meio  Desenvolvimento da vontade dirigida: maturidade escolar. Primeiro estirão. Transição para a silhueta da criança escolar.
Cada setênio é marcado por três pequenas etapas. Assim, no primeiro setênio temos, de zero a três anos, uma característica, que é o domínio das forças formativas da cabeça. Dos três aos cinco anos, já despertaram mais os sentimentos de criança, sua busca pela admiração do mundo. E na fase dos cinco aos sete anos, em que a vontade criança se tona cada vez mais manifesta, ela entra para a fase pré-escolar, sendo preciso tomar o maior cuidado para não prejudicar a sua vontade, a força ativa de seus membros - o movimento,  integrando-o gradativamente ao social. 
O Segundo Setênio ( 7 a 14 anos)
Base para o Amadurecimento Psicológico do Indivíduo.
Três pequenas fases se sucedem; dos 7 aos 9, dos 9 aos 12 anos e dos 12 aos 14 anos. Na primeira fase, predomina a formação mais intensiva da cabeça. Especialmente, o rosto vai adquirindo sua expressão mais individual. Dos 9 aos 12 anos, podemos verificar especialmente o crescimento do tórax, bem como o desenvolvimento dos órgãos nele contidos, coração e pulmão. Nessa época, a relação pulso/respiração atinge o equilíbrio do adulto de 4:1.
Entre os nove e dez anos, temos um novo momento de “vivência do eu”, em que este se torna mais presente ao nível do sentimento. Nesta época, a criança se sente só, incompreendida, é crítica e necessita de bastante carinho para conseguir relacionar-se socialmente. Geralmente também é fase do primeiro “amor”, quase platônico, passando desapercebido pelo outro. Na época dos 12 aos 14 anos, a pré-puberdade, dá-se a grande fase de alongamento dos membros, de crescimento longitudinal.
Em relação aos primeiro setênio, sente-se agora uma interiorização, não há mais aquela entrega total para com o ambiente, mas uma vida interior mais intensa, e há então troca com o ambiente, especialmente a nível social; é como um grande respirar:interiorização e exteriorização. A criança não respira só o ar, mas todo o mundo ao seu redor. A criança pequena vive o mundo, enquanto que a idade escolar, precisa de um adulto que seja o elo de ligação entre ela e o mundo. Este elo deve ser uma pessoa que a criança ame profundamente; geralmente um professor ou uma professora que passa a ser a “autoridade” amada pela criança. A autoridade amada é o elemento mágico da educação, dessa época. Se noslembrarmos de nossa infância, veremos que guardamos apens os ensinamentos transmitidos pelo professores que amávamos. A atitude básica cultivada nesse setênio é a devoção e a veneração.
Ao nível do pensar, agora a criança tem aptidão para o cultivo da memória; o seu pensar tem caráter mais imaginativo, e ainda não intelectual, lógico, daí o interesse por contos de fadas, lendas fábulas, histórias da Bíblia, que alimentam a alma da criança. A criança nessa idade permanece por horas em cima de uma árvore ou no sótão, onde constrói “castelos no ar”, onde ora é o grande herói, ora o escravo, ora a princesa ou a gata borralheira. Essa fantasia criativa será a base do entusiasmo e da criatividade entre 28 e 35 anos.
A parte rítmica, base do sentimento, é cultivada através de todo um ensino ritmico. Através do ensino artístico, a criança abre os olhos para o mundo. O repetir constante é rítmico vai permitir um aprendizado que se incorpora não só a nível intelectual, mas em todo o corpo, permitindo o desenvolvimento de uma volição sadia.
Nesta época, também a personalidade da criança se torna visível e característico e deve ser levado em consideração, tanto na escola como no lar. Nesta fase, também se fundamentam os costumes e hábitos, como os hábitos alimentares, higiênicos e religiosos. Se adquiridos nesta fase, muitos deles irão manter-se por muitos anos.
A intelectualização precoce, que impossibilita o desenvolvimento da fantasia criativa, a falta de desenvolvimento do sentimento e da atitude de admiração e devoção perante as pessoas e o mundo, a falta de repetição rítmica constante, do exercício de persistência, poderão ser os empecilhos para o desenvolvimento do pensar, sentir e agir sadiso em fases posteriores.

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