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segunda-feira, 30 de julho de 2012

TV X OBESIDADE!


A cada hora extra em frente à TV, maior a chance de seu filho ser obeso.


O número de horas dedicados ao aparelho estariam relacionados com o aumento da gordura abdominal, diz pesquisa canadense

 Shutterstock
A cada hora em frente à TV, maior a chance do seu filho ganhar gordurinhas na região abdominal. É o que mostra uma pesquisa da Universidade de Montreal, no Canadá. Além disso, quanto mais cedo a criança for exposta ao aparelho e mais tempo ficar em frente dele, os riscos também aumentam.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores entrevistaram e mediram a região abdominal de 1.314 crianças. Eles constataram que a medida daquelas com 10 anos que assistiram a 18 horas de TV por semana quando tinham 4 anos era 7,6 mm maior do que aquelas de mesma idade que gastaram cerca de 14,8 horas vendo seus programas favoritos no mesmo intervalo. 

Eles descobriram, ainda, que o tempo em frente à TV tende a aumentar com a idade. Crianças com 2 anos que diziam ver até 8,8 horas de televisão por semana, aos 4 já assistiam quase o dobro, isto é, 14,8 horas nos mesmos sete dias. Cerca de 15% do total de entrevistados já estavam assistindo a 18 horas de televisão por semana – quase três horas diárias. 

“Em todo o mundo ocidental tem havido um aumento dramático no peso de adultos e crianças nas últimas décadas. Nosso padrão de vida mudou em favor do mais rápido e mais fácil, e na alimentação não foi diferente”, afirmou Linda Pagani, autora da pesquisa, ao jornal britânico Daily Mail. O objetivo da pesquisa é alertar as autoridades sobre os fatores por trás da obesidade.
Além da ingestão de mais alimentos industrializados, fáceis de preparar, mas também mais calóricos, ricos em açúcar, gordura e sódio, as crianças estão cada vez mais sedentárias. Tudo isso, não é novidade, agrava os riscos de doenças cardíacas, cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes e acúmulo de colesterol - típicas de quem possui centímetrios extras na cintura.
Esse é o principal problema quando se associa o tempo em frente à TV e o risco à obesidade, afirma Gabriela Kremer, pediatra e endocrinologista do Hospital Infantil Pequeno Príncipe (PR). 
"Ao ficar horas vendo TV, a criança deixa de se exercitar e, pior, costuma juntar aos seus desenhos animados, filmes e programas prediletos salgadinhos, biscoitos, pipoca e guloseimas em geral", alerta.

Além disso, fazer refeições com a TV ligada interferem no mecanismo que controla a saciedade do organismo. "A criança não vai perceber quando o estômago dá o sinal de que já está satisfeito ao cérebro e, quase sempre, acaba comendo até o último biscoito do pacote”, afirma Mônica Ventuneli Ferreira, nutricionista clínica da Unidade de Pediatria do Hospital Sírio Libanês (SP).
Para Mônica, somado à questão da obesidade, as crianças brasileiras também sofrem de outro problema: a fome oculta. Ou seja, mesmo gordinha, com IMC (índice de Massa Corporal) normal, elas estão carentes nutricionalmente, pois um cardápio rico em alimentos industrializados é pobre em vitaminas e minerais. 

Atividade física 

Estimular a atividade física desde pequeno é uma ótima maneira, claro, de manter os ponteiros da balança em números seguros para o seu filho. Mas os benefícios vão além. os pesquisadores canadenses alertam que até mesmo a coordenação motora pode ser comprometida no futuro, caso as crianças fiquem muito tempo sentadas em frente à TV. “A criança precisa se movimentar, andar, correr, pular, subir e descer escadas. Se ficar só sedentária, ela não desenvolverá o equilíbrio, por exemplo”, alerta Gabriela.
Não custa lembrar
Algumas dicas para manter a sua família longe da obesidade:
- O horário da refeição continua sendo sagrado. Mesmo que você esteja fora de casa, controle os horários e o que seu filho etrá no prato. Nuggets, salsicha, embutidos em geral e comida congelada podem ajudar de vez em quando com a correria do dia a dia, mas não devem ser rotina na mesa da sua casa.
- E nada de comer no sofá, com a televisão ligada! Mesmo que esteja com uma babá ou responsável, certifique-se de que ele vai se alimentar sentado à mesa. Se você está em casa, o ideal é que seja um momento de confraternização com a família, com todos comendo em um ambiente calmo, mastigando bem, engolindo devagar para que o estômago também não seja prejudicado. 

- Intercale sempre uma atividade física com outra sedentária. Para cada meia hora em frente à TV, computador ou videogame, seu filho precisa de meia hora com outra atividade que gaste energia como jogar bola, pular corda, correr e nadar. 

- Proibir a televisão radicalmente só o fará seu filho ter mais curiosidade e não resolve o problema. Estipule os horários em frente ao aparelho e controle a qualidade do que ele vai ver. Há bons programas educativos que também podem fazer bem a ele! A grande amiga do sedentarismo e vilã da história é a publicidade nos intervalos comerciais. Cuidado: redes de fast food e indústrias alimentícias estão de olho no seu pequeno consumidor!
 F: Crescer.

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